A captação líquida da indústria de fundos de investimento atingiu R$ 1,2 bilhão em outubro, e R$ 80,5 bilhões no acumulado do ano, o que representa o maior resultado para o período desde 2012. No mês passado, as categorias renda fixa, com R$ 6,6 bilhões, e previdência, com R$ 3 bilhões, lideraram a captação, e compensaram os resgates de R$ 4,1 bilhões e de R$ 4,4 bilhões entre os multimercados e os FIDCs, respectivamente. As informações são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Em outubro de 2015, a captação liquida da indústria ficou estável, com os resgates, de R$ 321,4 bilhões, em linha com as aplicações, de R$ 321,5 bilhões. Já de janeiro a outubro do ano passado a indústria de fundos registrou captação líquida de R$ 25,6 bilhões, resultado 68,1% inferior ao obtido no mesmo período de 2016.
No acumulado de 2016, a categoria previdência lidera a captação líquida da indústria de fundos, com R$ 32,1 bilhões, o maior resultado para o período desde o início da série, em 2002. “Após o processo de adequação à mudança nas regras de composição de carteira em 2013, que acabaram gerando alguns resultados negativos e o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, a categoria retomou sua trajetória de crescimento, compatível com sua condição de principal alternativa para a formação de poupança previdenciária complementar para os brasileiros”, aponta o relatório da Anbima. Também registram captação líquida de janeiro a outubro deste ano as categorias renda fixa, com R$ 2,69 bilhões, e a de multimercados, com R$ 1,54 bilhão. Por outro lado, os fundos cambiais registram resgates líquidos de R$ 23,46 bilhões, enquanto os ETFs tem saídas de R$ 13,34 bilhões.
Rentabilidade – Em termos de rentabilidade, influenciados pela valorização de 11,23% do Ibovespa em outubro, os fundos de ações voltaram a ser destaque, liderando também os retornos acumulados pela indústria de fundos no ano. As valorizações das ações de empresas com elevada participação no Ibovespa, como Vale e Petrobras, levaram os fundos de ações FMP‐FGTS e os mono ação a apresentarem as maiores rentabilidades da indústria no mês, de 23,38% e 20,92%, respectivamente. No ano as duas categorias também lideram o retorno, com 92,73% e 84,60%. Já a redução da meta para a taxa Selic em outubro, abaixo da esperada, se refletiu em uma menor valorização dos títulos de renda fixa indexados, com reflexos na rentabilidade dos fundos da categoria, principalmente dos tipos indexado e os de alta duração.
Fonte: Investidor Institucional As matérias publicadas compreendem as áreas de Consultoria Atuarial, Previdência Complementar e/ou Planos de Saúde, sendo de responsabilidade de seus autores e não refletindo, necessariamente, a opinião da GAMA Consultores Associados.